sábado, 3 de fevereiro de 2018

O rio da consciência

"Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos.
 Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo."
                                                                          (Buda)



Oliver Sacks escreveu diversos livros interessantes sobre a mente humana. Ler seus livros é viajar nos meandros que o cérebro é capaz de construir e conhecer casos verídicos de anomalias mentais serve para quebrar preconceitos.





Em 'O rio da consciência', Oliver Sacks descreve com maestria alguns casos envolvendo fraquezas na memória humana, alucinações visuais e auditivas, além de formular todo um questionamento sobre pesquisa científica e plágio.

Um ponto muito bem destacado nesse livro é que não existe conhecimento súbito ou uma pesquisa 100% individual. Todo conhecimento vem de um conhecimento anterior e tudo o que produzimos tem amparo em produções anteriores. Então, quando saber se algo é plágio ou apenas uma pesquisa independente?

Essa questão é bem interessante quando se fala de temas recorrentes. Por exemplo, quando alguém escreve sobre 'buffer overflows' sempre vai escrever sobre um conceito único, mas que tem vertentes em aspectos técnicos. Logo, quem escreve está cometendo plágio ou está dando ao mundo sua visão sobre o assunto e tentando facilitar a compreensão sobre o mesmo?

Vivemos uma era de críticas infundadas. Muitas pessoas criticam, mas são incapazes de fazer algo a altura de suas críticas. E a internet de hoje, tem muita dificuldade em separar o que é o joio do trigo.

Oliver Sacks descreve diversos casos onde cientistas desconhecidos haviam feito diversas descobertas muito à frente do seu tempo, mas que não foram aceitas na época. Ser visionário envolve estar à frente do seu tempo.

Recomendo a leitura desse livro, mesmo não concordando com todas as afirmações presentes nele. O conhecimento tem de ser minerado e livros como os do Oliver Sacks são grandes fontes de sabedoria e reflexão.

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