terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Brain-Computer Interface e seus perigos

"Para ver o que não pode ser visto,
  torne o visível invisível."
                           (Autor Desconhecido)

Interfaces Cérebro-Computador já são uma realidade, mas até onde pode-se chegar com isso?

Seriam ataques a tais interfaces mortíferos?



Miguel Nicolelis é um cientista envolvido com pesquisas de criação de interfaces cérebro-computador. Dentre suas realizações se encontra a criação de um exoesqueleto capaz de ser controlado pela mente.

Ele escreveu um fantástico livro que aborda de forma simples a história das pesquisas envolvendo neurociência.



Uma coisa interessante é que esse livro foi escrito por ele e sua mãe. A linguagem é super-acessível, e existem diversos desenhos que ilustram os capítulos de forma magistral.

Mas o ponto que desejo destacar é o desenvolvimento de interfaces cérebro-computador e os perigos envolvendo a falta de segurança que isso pode ocasionar.

O controle mental de dispositivos de computação pode vir a sofrer de todos os problemas de segurança que aplicações comuns sofrem. Na verdade, qualquer dispositivo eletrônico está sujeito a ataques de terceiros. 

No campos de 'teste de intrusão',  chamamos isso de 'vetores de exploração' e os fatos falam por si que não raro, os vetores de exploração costumam ser vários e não apenas um. No entanto, um atacante só precisa de um vetor de exploração para causar algum tipo de prejuízo.

Um exemplo que me vem a mente é a de um famoso pesquisador de segurança que demonstrou como é possível alterar o funcionamento de um marca-passo remotamente e com isso matar uma pessoa. Vale frisar que ele mesmo morreu em circunstâncias que indicam que foi vitima de sua própria descoberta.

Então, isso é um assunto muito sério. Como vemos, é possível alterar frequências cardíacas, então por que não seria possível alterar frequências cerebrais através de equipamentos como tais interfaces cérebro-computador?

Há ainda pesquisas envolvendo a possibilidade de aumentar a capacidade de aprendizado por implantes no cérebro ou extensores de memória. Quem assistiu ao filme 'Johnny Mnemonic' deve se lembrar da possibilidade de um 'buffer overflow' na memória do protagonista.




Portanto, veremos num futuro próximo o surgimento de mais problemas de segurança que podem levar a morte de seres humanos. Será necessário o desenvolvimento de salva-guardas para impedir que tais acontecimentos se tornem catastróficos. E é possível que um dia venhamos a ter toda a gama de ferramentas de segurança não apenas para Servidores, Desktops, Smart Phones, SmartTVs, mas sim para proteger cérebros humanos de invasões.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são moderados visando evitar spams e permitir discussões sadias.