mas condena seu futuro".
(Buda)
Grant Morrison é um gênio da escrita. E em sua magnus opus "The Invisibles", ele nos brinda com gatilhos de percepção, realidade e esoterismo.
The Invisibles é uma hq focada em brincar com a realidade e o cérebro de seus leitores. No entanto, existe algo intrigante ao lermos essa obra.
Quem leu todos os volumes de The Invisibles vai se surpreender ao assistir o filme Matrix, e vice-versa. Sim, vai chegar a óbvia conclusão de que Matrix é um plágio descarado de The Invisibles.
Matrix é genial, um filme fantástico! Mas é baseado em tantos aspectos presentes em The Invisibles, que fica a pergunta:
- Quanta cara de pau em não citar The Invisibles como fonte!!
Pode ser até que The Invisibles tenha bebido da mesma fonte de inspiração que Matrix, mas não dá pra não afirmar que Matrix copiou cenas, ideias e roteiro de The Invisible.
Mas percebi que isso é muito comum no mainstream. Ao pensarmos que os irmãos Wachowvsky eram gênios caímos em mais uma armadilha do grande capital: a cópia descarada de ideias de terceiros e o roubo de propriedade intelectual, algo tão comum em empresas de tecnologia e no segmento do entretenimento.
Mas voltando ao The Invisibles.
Temas como nanotecnologia, computação, esoterismo, filosofia, física nuclear, mundos paralelos, conceitos sobre o bem e o mal, relativismo moral, inteligência artificial, arquétipos, arcontes, etc, etc.. são abordados com maestria e muitas partes da obra são bem intrigantes.
Não há uma linearidade temporal nas histórias e quanto mais nos aprofundamos, mais passamos a reconhecer que a linha entre sanidade e erudição é muito tênue. Passado e futuro se entrelaçam na vida dos personagens de tal modo que, não sabemos mais o que é o presente, e a definição de tempo passa mesmo a ser um simples ponto de vista.
Li os quatro volumes em inglês e só lamento não ter tomado conhecimento mais cedo sobre essa obra.
Recomendo a leitura, mas enfatizo que é um HQ séria, mas que não deve ser levada a séria demais.
Eu gostei muito do final... me fez repensar em quão ingrato costumamos ser por coisas que nem sequer percebemos como são tão importantes, tais como a nossa própria existência.
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