Don't serve your king
Know your custom don't speak your tongue
White man came took everyone.
(Midnight Oil - The Dead Heart)
A letra da música acima pode muito bem retratar o que uma AGI(Artificial General Intelligence) pode pensar dos seres humanos caso a singularidade ocorra conforme descrita por Louis A. Del Monte em seu excelente livro - The Artificial Intelligence Revolution: Will Artificial Intelligence Serve Us Or Replace Us.
Esse livro descreve de forma concisa diversos aspectos envolvendo a evolução da inteligência artificial e também reafirma previsões feitas por Ray Kurzweil em seus livros. Em especial destaca a lei dos retornos acelerados e enfatiza as previsões de Kurzweil sobre a singularidade.
No entanto, diferente de Kurzweil que acredita que os aspectos positivos da inteligência artificial irão prevalecer quando a singularidade ocorrer, Louis A. Del Monte pensa diferente e não acredita que a 'friendly artificial intelligence' irá prevalecer. Pelo contrário, ele afirma que um futuro nada amigável para os humanos está por vir, caso não se tomem devidas precauções quanto a isso.
Louis A. Del Monte aborda ainda vários pontos de interesse e eu destaco apenas dois dos muitos pontos que me chamaram a atenção:
- Máquinas afetivas
Apesar de toda dificuldade existente hoje, é possível que se crie máquinas que tenham sentimentos e expressem algum afeto pelo ser humano. Já existe algo sendo feito nesse sentido. Alguns robôs estão sendo criados e testados para expressarem sentimentos humanos, mas isso não elimina a possibilidade deles criarem problemas.
No final de 2014, vemos uma notícia de um rôbo que ficou obcecado por uma cientista ao ponto de impedir a saída dela de uma sala. Então, podemos imaginar o que uma inteligência artificial poderia fazer caso sentisse raiva ou ódio.
- Quem construirá as super-inteligências
O livro destaca bem que provavelmente a construção de SAMs(Strong Artificially Intelligent Machines) virá de um governo ou centros de pesquisas patrocinados por governos. É provável que venha do meio armamentista, já que não raro são eles(os pesquisadores para os meios militares) quem primeiro criam armas.
Mas vale frisar que empresas privadas como o Google tem investido pesado em inteligência artificial, inclusive, o google recentemente contratou Ray Kurzweil e comprou a empresa DeepMind que tinha sido fundada pelo gênio Demis Hassabis. E pode ser que o salto para criar AGI (Artificial General Intelligence) seja um salto para empresas como o google.
Há muitos acrônimos nesse livro que são bem usados para facilitar o entendimento e o contexto em que se aplica. Um deles é SAH que significa 'strong artificially intelligent human' e se refere a humanos com um implante de 'strong-ai' no cérebro. Daí, podemos já visualizar como a leitura desse compêndio é interessante.
E pra finalizar, traduzo a pergunta de capa do livro para reflexão:
- A Inteligência artificial irá nos servir ou nos substituir?
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