"O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar
de novo com mais inteligência."
(Henry Ford)
James Gardner nos brinda com um fantástico livro que descreve não só a sua teoria do Biocosmo Egoísta, mas também descreve diversos aspectos do fenômeno chamado Inteligência.
Basicamente, o que ele defende com o Biocosmo Egoísta é que o universo pode ser visto como uma entidade inteligente que emerge, ou seja, tem vida própria. Mas os pontos que desejo destacar do livro, se referem a inteligência artificial.
Os três primeiros capítulos do livro abordam o tema inteligência artificial e vida artificial, culminando na famosa singularidade tecnológica. Ele cita as pesquisas feitas por Stephen Wolfram com autômatos celulares.
Os autômatos celulares podem ser usados como máquina de estado finito que interage com regras de modo determinístico criando padrões complexos a partir de regras simples. Em outras palavras, podem ser vistos como programas de computador que obedecem a regras simples mas que evoluem para sistemas complexos num intervalo de tempo discreto.
Recomendo os seguintes livros abaixo para quem deseja se aprofundar em autômatos celulares e na abordagem de sistemas complexos a partir de regras simples:
- Celular Automata and Complexity - Stephen Wolfram:
Trata-se dos próprios ensaios e artigos escritos por Stephen Wolfram para embasar a teoria de autômatos celulares como uma ciência emergente.
- Celular Automata - A Discrete View of the World - Joel L. Schiff:
Esse livro descreve bem o que é um autômato celular e seu uso em vários campos, inclusive 'randomização' e explica bem como funciona um autômato celular em uma e duas dimensões.
- A New Kind of Science - Stephen Wolfram:
Esse é um clássico, onde vemos Stephen Wolfram descrevendo diversos modelos físicos e biológicos através de regras de autômatos celulares. Uma verdadeira epopéia dos autômatos celulares.
Mas voltando ao livro de James Gardner, vemos ainda ele abordar a questão dos sistema adaptativos e da programação evolutiva. Dando uma ênfase bem destacada ao algoritmos genéticos que podem ser usados para criar programas - programas que criam programas.
Ele é bem otimista no uso de tais tecnologias. No entanto, os sistemas adaptativos ainda estão em fase embrionária e qualquer êxtase que venham a criar deve ser visto com desconfiança. O inverno que a Inteligência Artificial passou foi ocasionado em grande parte pelo otimismo exagerado de alguns de seus fundadores.
Finalizo esse post dizendo que o livro é fantástico. Outras questões interessante como o princípio antrópico, Big Bounce e outros conceitos físicos são bem explorados nesse livro. A didática é excepcional! Vale a leitura por aqueles que desejam especular um pouco sobre o futuro da inteligência no universo.
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