sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Ex-machina, Chappie e a marginalidade na IA

"Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres.
  Se voltarem é porque as conquistei
  Se não voltarem é porque nunca as tive."
                                                            (Bob Marley)


O cinema tem a capacidade de tornar realidade a mais pura fantasia. E filmes como Ex-machina e Chappie são excelentes exemplos de filmes com um background filosófico forte e ao mesmo tempo capazes de entreter.





Em Ex-machina, uma inteligência artificial robótica em forma feminina pondera sobre sua existência e luta pela sua liberdade. Capaz de cativar um jovem programador, essa entidade artificial inteligente usa toda sua arte de persuasão e sedução para alcançar seus objetivos.

Até onde pode ir uma máquina na busca pela liberdade? Serão as máquinas algum dia capazes de persuadir e controlar seres humanos? Teríamos salva-guardas para nos proteger de sermos controlados por tais sutilezas?

Esses questionamentos são bem preponderantes em Ex-Machina. Um filme obrigatório para todos os que estudam a 'singularidade tecnológica'.




Em Chappie, também vemos a temática de um android tentando sobreviver. Mas esse filme vai muito além do formato já batido de uma robô(IA) que precisa de bateria para sobreviver. É impressionante como o diretor consegue fazer o público ter empatia por um robô que literalmente se torna 'marginal' e pratica crimes.

O filme pondera sobre como pessoas más podem ser vistas de diversas formas diferentes(razão que nos torna humanos é não sermos iguais em termos de pensamentos, cultura, visões e etc) e como isso também pode se aplicar a robôs.

É possível nós desenvolvermos sentimentos afetivos para com robôs? É possível robôs com inteligência artificial aprender o que significa amor, ódio e simpatia?

O filme ainda trás uma cereja de bolo para meditação que envolve a questão da consciência. Sabemos que seres-humanos tem consciência, mas não sabemos ainda o que é a consciência. Será que não caberá aos robôs com inteligência artificial superior a dos humanos essa tarefa de entender o que é a consciência?

O filme aborda ainda a questão da transcendência. O que nos leva a questionar a possibilidade de transferência de consciência humana para corpos robóticos.

São dois excelentes filmes, que de fato levam a questionamentos profundos sobre até onde vai a inteligência artificial.




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