mas o que dela possa extrair a imaginação."
Charles Chaplin
Em 'O Jogador', Fiódor Dostoiévski descreve o que a compulsividade pode levar uma pessoa a fazer. E em "Esse Livro veio do Futuro', o tema viagem no tempo é super bem elaborado. Já no filme 'Coherence', a física quântica e suas probabilidades darão um nó em seu cérebro.
Seguem mais considerações sobre essas fascinantes obras.
Todo vício leva a compulsividade. E no livro 'O Jogador', de Dostoiévski isso é muito bem retratado.
O Livro aborda a jogatina numa fictícia cidade alemã, onde pessoas de certo modo 'miseráveis' se veem degladiando em busca de uma herança e de vencer no jogo. Na estória, o principal jogo é a roleta e não há como não fazer paralelos com a nossa vida, afinal, quem não tem vícios? E nossa vida também não é uma roleta onde não temos domínio de onde a bola vai parar?
Em outras palavras, nós não temos controle absoluto sobre as nossas vidas e os imprevistos existem para assustar o mais cauteloso ser-humano.
Todo viciado sempre tende a ser um sonhador fantástico. Tende a imaginar um mundo onde ele consegue tudo e utilizando seu vício se torna a pessoa mais feliz no mundo. Infelizmente, nossa realidade não é tão sonhadora e o viciado tende a enxergar, mais cedo ou mais tarde, que o seu vício é bem mais prejudicial do que se imagina.
Literatura Russa, e em especial Dostoiévski, é filosofia na mais pura concepção. Vale a pena ler cada entrelinha.
Se nossa vida é uma roleta cheia de possibilidade, o filme 'Coherence' aborda essa questão sob a ótica da física quântica, seu gato de Schrödinger e as muitas possibilidades de futuro.
O filme descreve a passagem de um cometa capaz de transformar o espaço-tempo ao ponto de culminar com eventos quânticos de grande magnitude que afetam um grupo de pessoas que se encontram para um jantar.
É mais um filme a ser assistido não para aprender ciência, mas para deixar a mente vagar na questão de futuros alternativos, universos paralelos e nossas decisões. O final é bem interessante. Filme super-divertido.
Mas a questão que me fez refletir é que vivemos numa realidade que é coerente, pelo menos assim eu acho. Teoricamente só existe um único 'eu' aqui nessa realidade e ele interage apenas com outros seres únicos numa corrente de tempo compartilhada entre todos, mesmo que ocorram fenômenos quânticos o tempo todo.
Isso me lembra o que os psicólogos chamam de 'psicologia gestalt', onde um objeto ou realidade mesmo sendo único é percebido em partes diferente por cada pessoa. Em breve, escreverei algo mais sobre isso.
Se a nossa realidade tem de ter alguma coerência, então caímos em vários questionamentos quando abordamos a possibilidade de viagem no tempo. E o livro 'Este Livro Veio do Futuro' de Larry Flaxman e Marie D. Jones engloba perfeitamente esses questionamentos e fornece informações relevantes sobre a temática da viagem no tempo.
Um dos pontos destacados envolve questões de metafísica, em outras palavras, viajar no tempo sem ter uma máquina do tempo. O livro cita alguns 'avanços' (na realidade, ainda são questionamentos) da física, tais como a possibilidade do tempo não existir, idem para o big bang e etc.
Um dos físicos que tem abordado tais questões é o físico de Taiwan 'Wun-Yi Shu'. Ele tem abordado seriamente essas questões num modelo de universo que não comporta o big bang e onde as constantes(tais como gravidade, velocidade da luz e etc) não são constantes, mas sim variáveis.
Trata-se de uma abordagem séria que pode nos fazer repensar toda uma base de ciências consideradas exatas. Aos interessados em conhecer sobre isso, segue dois links abaixo:
Link para download do artigo científico:
Então, talvez o nosso conhecimento de física precise ser reciclado. Mas de qualquer modo, viagens no tempo sempre terão seu lugar em mentes curiosas, e o livro 'Este Livro Veio do Futuro' é um prato cheio para saciar a fome de mentes famintas por aprender mais sobre a possibilidade de viajar no tempo.
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