quarta-feira, 31 de maio de 2017

The Relativistic Brain

"Na vida, ao contrário do xadrez,
  o jogo continua após o xeque-mate."
                                  (Isaac Asimov)


Miguel Nicolelis é um famoso cientista brasileiro que pesquisa, dentre outras coisas, a utilização de robótica em neurociência.

Foi dele a iniciativa de colocar um garoto andando num exoesqueleto na abertura da copa do mundo de futebol de 2014 no Brasil.

Recentemente, ele publicou um livro que vai de encontro aqueles que acreditam na Singularidade Tecnológica.






Em "The Relativistic Brain - How it works and why it cannot be simulated by a turing machine" - Miguel Nicolelis fundamenta a possibilidade do cérebro humano executar tanto processamento digital  quanto analógico de modo relativístico (dentro de um espaço-tempo baseado nas teorias da relatividade de Einstein).

O Livro é muito interessante, pois se trata de uma monografia, com referência a diversos aspectos dos ramos de inteligência artificial e computabilidade. Obviamente, que ele cita Alan Turing e Kurt Gödel com o seu teorema da incompletude.

Um dos pontos fortes destacados por Nicolelis contra a possibilidade de AGI é que o cérebro é plástico e regiões que são usadas para determinadas atividades são diferentes em humanos e mutáveis. De modo que, tentar simular o cérebro como se ele fosse estático como um hardware de computador pode levar ao fracasso.

Pode ser mesmo que Nicolelis esteja certo quanto a impossibilidade de simular um cérebro humano em máquinas e isso derrubaria projetos como os de Ray Kurzweil e Paul Allen.

No entanto, minha opinião é que as máquinas não precisam simular um cérebro humano para demonstrarem algum tipo de inteligência. Mesmo que Nicolelis esteja correto de que simular um cérebro humano seja impossível, isso não significa que as máquinas não se tornarão mais inteligentes que os humanos em N campos diversos. Estamos presenciando esse fato, onde recentemente um computador do Google venceu o mestre número um em GO.

Então, não precisamos esperar um futuro longo para vermos as máquinas vencerem humanos em diversos campos que envolvem o uso de inteligência avançada.


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